LiderançaLíder ou Chefe: qual é a diferença e por que isso é importante?

abril 5, 2018por Cristiane0

Pessoas perguntam a diferença entre líder e chefe. O líder lidera e o chefe, dirige“.

Li essa frase, cujo autor é  Theodore Roosevelt, em um artigo, hoje, pela manhã.

O engraçado é que, por um minuto, parei, respirei bem fundo e, instantaneamente, pensei em algumas pessoas com quem gostaria de compartilhar essa mensagem.

Certamente, essas pessoas vieram à minha mente porque eu tinha ciência de que elas tinham tido experiências ruins em relação à sua liderança. Nesse caso, chefia.

Alguns minutos depois, pensei em mais algumas pessoas e enviei outro lote de mensagens.

Neste post, vou compartilhar com você um pouco da minha percepção sobre esse tema.

Assim, acredito que, no final do artigo, você vai conseguir descobrir se, atualmente, tem um líder ou um chefe.

Vamos lá?

Líder ou chefe: qual é o mais comum?

Pode parecer absurdo que, em pleno século XXI, era do conhecimento e da globalização, estejamos discutindo a postura de um líder que se comporta como chefe.

No entanto, pasme, porque é exatamente isso. Posso exemplificar o quão comum essa discussão é pela  quantidade de mensagens que saíram da minha caixa de correios nessa manhã.

E não só por isso. Nos atendimentos de coaching de carreira, ouço bastante essa reclamação por parte dos meus coachees. Por isso, digo com propriedade que esse perfil de liderança é mais comum do que pensamos.

Qual é a importância da liderança?

O artigo que mencionei no início deste post é do Travis Bradberry. No texto, ele afirma que um chefe ruim pode fazer tão mal a um funcionário quanto fumar passivamente.

A pior parte é que, quanto mais tempo você trabalhar com essa pessoa que te deixa infeliz, maiores e piores serão os danos às suas saúdes mental e física. Péssimo, né?

Além disso, a Associação de Psicologia dos Estados Unidos publicou em um artigo da revista Quartz e revelou que 75% dos trabalhadores americanos consideram seu chefe a maior razão do seu estresse no trabalho.

Esse número é muito alto e merece uma reflexão.

Pensando nisso, conseguimos entender o número crescente de pessoas diagnosticadas com burnout, principalmente dentro das grandes corporações. Essa é a realidade que precisamos enfrentar.

Passamos a maior parte do nosso dia no trabalho, nos relacionando com nossos colegas, chefes ou líderes. E, muitas vezes, esses últimos nos demandam quantidades altíssimas de trabalho, regadas a altos níveis de detalhes, qualidade, cobrança e prazos.

Eu não estou dizendo que ter bastante trabalho e trabalhar com alta qualidade de entrega e prazos curtos seja ruim. Contudo, a forma como isso tem sido administrado dentro das empresas pelos chefes tem trazido danos aos colaboradores. Não é achismo. Os dados mostram isso.

Diante desse cenário, sabemos que a liderança é um fator decisivo no trabalho. Quando o funcionário sente-se nervoso, estressado ou preocupado, é papel do líder estender a mão e oferecer ajuda.

Em vez disso, a maior parte dos chefes (chefes na literalidade da palavra), coloca mais pressão. Não achando o suficiente, ainda se usa frases como “sempre foi feito assim” ou “esperava que você tivesse pensado fora da caixa”, apesar de você ter se esforçado muito para entregar o trabalho.

Líder X Chefe: qual é a diferença?

Primeiramente, posso dizer que o chefe tem características comportais não agregadoras. Ou seja, ele não conduz seu funcionário ao crescimento. Muito pelo contrário disso. Os chefes costumam deixar seus liderados inseguros, com baixa autoestima e constantemente angustiados.

O chefe não cumpre o seu papel como incentivador de um ambiente saudável. Muito menos promove emoções positivas nas pessoas com quem trabalha. Lembro que esse é um aspecto importante e beneficia todos.

Sabia que, para cada emoção negativa, devemos ter 10 emoções positivas? É assim que a felicidade prevalece.

Por outro lado, o líder é justamente o oposto do que o chefe representa. Ele se esforça para que os seus funcionários sintam-se bem no ambiente de trabalho, dá feedbacks constantes e dá autonomia para exercerem suas funções.

Isto é, ele não apenas acredita no potencial dos funcionários, como também confia nelas como pessoas e profissionais. Dessa forma, ele promove a colaboração e o trabalho em equipe.

Diante disso, com toda a certeza, precisamos cada vez mais de líderes atuando em nossas organizações. E, como líder, me refiro a pessoas que gostam e têm o dom para desenvolver pessoas. Até porque esse é o papel de um bom líder.

3 vantagens de se ter um líder

1. Motivação da equipe

Bons líderes trabalham junto com as suas equipes com o propósito de orientar, motivar e colaborar.

Como resultado, temos funcionários mais engajados em realizar o seu trabalho da melhor forma.

Assim como também dar o suporte necessário para deixar o funcionário livre para pensar e trazer à tona aquilo que ele tem de melhor.

2. Equilíbrio de egos no ambiente de trabalho

Os verdadeiros líderes não deixam que o ego tome lugar no ambiente de trabalho, transformando tudo em uma competição.

Além do mais, eles também não permitem que seus medos abafem o brilho do outro, impedindo-o de mostrar para a organização seu potencial.

3. Estímulo à confiança

O líder caminha junto com os seus funcionários e entende que todos fazem parte de uma mesma equipe.

Ele entende que cada um tem o seu lugar, sendo quem é e fazendo aquilo que realmente lhe faz sentido.

Conclusão

Bom, agora que você já consegue diferenciar um líder de um chefe, pare e pense: você está sendo liderado ou chefiado?

Faça um comentário 🙂

Forte abraço!

Cris

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